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Notícias

10/08/2017 14:10

Mulheres relatam na Campus Party experiências com a tecnologia

A periferia dá ciência é tema de um dos painéis programados para o Palco Empreendedorismo, nesta quinta-feira (10), às 19 horas. Dos quatro palestrantes, três são mulheres que vão relatar suas experiências com a tecnologia, as barreiras que enfrentam e, por meio de suas trajetórias, mostrar como vencer os obstáculos apropriando-se dessas ferramentas.

O empoderamento das mulheres na área de TI é considerado fundamental no processo de emancipação feminina em um mundo cada vez mais digital. “Quem detém esses saberes e têm acesso às ferramentas de inovação e de tecnologia acaba tendo muito mais oportunidade de se expressar, criar, empreender”, diz a jornalista Silvana Bahia, uma das palestrantes do painel e integrante da Olabi Makerspace, ONG voltada para o uso da tecnologia de forma sustentável.

Para Silvana Bahia a ausência das mulheres a área de TI compromete a produção científica do país. ”Fazer parte da produção de tecnologias e estar à frente das inovações do nosso tempo é estratégico para as mulheres aumentarem o potencial de intervenção no mundo”, acrescentou. E o número de mulheres interessadas na área aumenta dia a dia, mas a participação feminina na área ainda é pequena. Apenas 20% dos profissionais do setor são mulheres, segundo último levantamento feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD).

A analista de sistemas Mariana Barreiros, outra palestrante, comemora as que já se tornaram agentes de empoderamento de outras. “As mulheres estão acolhendo as que buscam conhecimento na área para que não desistam, para que não sucumbam ao menosprezo, para que superem o preconceito e para que, através de suas trajetórias, desconstruam os estereótipos e ensejem no campo da tecnologia as bases para a construção de ambientes acadêmicos e de trabalho capazes de abarcar uma pluralidade de experiências e pensamentos”.

FEMINISMO DIGITAL

Silvana e Mariana não duvidam de que a luta feminista na contemporaneidade passa pelo domínio da tecnologia também pelas mulheres. “Se o presidente e o futuro são tão tecnológicos e tão mediados por plataformas digitais e em que delegamos muitas das nossas escolhas aos algoritmos é fundamental que a gente estimule que mais mulheres e pessoas dos mais diferentes bacgrounds, olhares, experiências tenham acesso a produzir e se expressar nessas novas linguagens”, diz Silvana.

Por meio da Pretalab, a Olabi Makerspace busca incentivar mulheres negras e indígenas nas áreas de TI como forma de reduzir as desigualdades e promover a democratização dessas ferramentas. Mariana Barreiros cita algumas iniciativas que têm promovido o empoderamento nas mais diversas vertentes e que também oferecem cursos na periferia, a exemplo da Django Girls Salvador, OxenTi Menina, Pretas Hackes, PyLadies Salvador, Movimento Cacheada, entre outras.


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