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Notícias

27/11/2017 18:00

Questões de gênero e enfrentamento à violência são temas de curso para conselheiras

Na manhã desta segunda-feira (27), integrantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das mulheres – CDDM e representantes de municípios baianos participaram da abertura do Curso de Formação para Conselheiras dos Direitos das Mulheres, realizado no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador. A iniciativa, que segue até a terça-feira, tem como tema Feminismo e os Desafios da Interseccionalidade .

Na ocasião, a professora doutora em Ciência Política, Maria Lygia Quartim, falou sobre o que a sociedade deve fazer para fortalecer as políticas de gênero. “Devemos reconhecer a importância do movimento de mulheres, fortalecer a multiplicidade de vozes e ações, garantir a aplicação das leis e conhecer o problema de violência de gênero. Some a tudo isso a criação e fortalecimento das políticas públicas de combate a essa violência.”

A pesquisadora, uma das fundadoras do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Mulher - NEIM da UFBA, disse que a primeira questão que deve ser respondida é quem são as mulheres?’ “Somos uma pluralidade de mulheres, mas temos uma coisa em comum: somos de um gênero que é oprimido desde sempre. Uma coisa que aprendemos é que nenhuma classe que tenha o privilégio abre mão disso. Todas as nossas vitórias foram duramente conquistadas e precisamos lutar para mantê-las.”

Presente na abertura, a chefe de gabinete da SPM-BA, Karla Ramos, declarou que a capacitação é um apelo de vários municípios que estão construindo as políticas para as mulheres. “Esse encontro parte de uma concepção da secretaria que objetiva o fortalecimento e criação de novos conselhos municipais. Esse ano, a SPM assinou com o Ministério Público um termo de cooperação para ampliar os conselhos nos municípios.”

Representando a sociedade civil, Selma Glória, coordenadora de Gênero do Movimento de Organização Comunitária –MOC, elogiou a iniciativa e disse da importância em promover qualificações para as conselheiras, que ocupam o papel de multiplicadoras nos locais em que atuam.

A professora do Departamento de Gênero e Feminismo da UFBA, Maíra Kubik, falou das perseguições e ameaças que as pesquisadoras do NEIM estão sofrendo. “Vivemos um momento de pressão sobre as pesquisas e estudos de gênero que desenvolvemos no NEIM. Esses grupos contrários à ideologia de gênero vão de encontro a tudo o que sabemos sobre respeito. De repente parece que todas nossas reivindicações de pesquisas não são legítimas.”

A abertura contou, ainda, com a presença de Carla Akotirene, doutoranda em estudos de gênero, Ubiraci Matilde, integrante do Comitê de Saúde da População Negra da Sesab, conselheiras e representantes de diversos municípios.
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