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07/03/2018 14:50

Machismo e assédio sexual são abordados em palestra para servidoras (es) estaduais

Como agir em caso de assédio no trabalho? Quais os meios para denunciar? Essas foram algumas das questões tratadas na manhã desta quarta-feira (07), durante ato unificado entre as Secretarias Estaduais de Políticas para as Mulheres (SPM-BA) e da Administração (SAEB), que lotou o auditório Jornalista Jorge Calmon da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Com o tema Machismo e assédio sexual no ambiente de trabalho, o evento foi voltado para as servidoras e os servidores do Governo do Estado.

A atividade surgiu a partir do anseio em tratar de um tema tão delicado na vida das mulheres: o assédio nas mais diversas formas no ambiente de trabalho. De acordo com pesquisas recentes, 42% das brasileiras já sofreram assédio sexual. Desses casos, 15% aconteceram no ambiente de trabalho.

A abertura do evento aconteceu com a apresentação do coral da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), seguida pelo Quinteto dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), formado por mulheres. Mainha e Júnior, do Frases de Mainha, interpretados pelos atores Sulivã Bispo e Thiago Almasy, falaram sobre a importância em combater o assédio para o auditório de forma leve e descontraída. “A gente brinca, mas o tema é bastante sério. Se não começarmos a incentivar a mudança, a mudança não vem”, declarou Thiago Almasy.

Titular da SPM-BA, Julieta Palmeira falou da importância de visibilizar cada vez mais as ações da secretaria. “Temos projetos que colaboram com a vida das mulheres em situação de violência; as Casas de Farinha móvel proporcionam autonomia para as mulheres da zona rural; o Quem Ama, Abraça conversa com os estudantes sobre a importância da equidade de gênero e o combate ao machismo.” Sobre os casos de assédio no ambiente de trabalho, a secretária afirmou que existe a subnotificação de casos de assédio e o evento busca incentivar a denúncia e mostrar quais os caminhos a seguir.

A palestrante Carla Bracchi, mestra em Direito do Trabalho, trouxe dados que mostram que 99% dos trabalhadores assediados são mulheres, sendo que 99% dos assediadores são homens. “Infelizmente, as mulheres são julgadas no ambiente de trabalho pela sua aparência e não competência. É necessário romper com esse ciclo de machismo. Não devemos nos calar diante de qualquer tipo de assédio”, declarou.

O corregedor-geral da SAEB, Luís Henrique Brandão, apresentou os canais para denunciar qualquer tipo de assédio dentro das esferas do Governo do Estado e alertou: “A servidora que for assediada tem vários canais para denunciar de forma sigilosa. Após a apuração, sendo comprovado o crime, as sanções vão desde advertência até a demissão”.

Homenagem
Após as falas, as cinco secretárias estaduais foram homenageadas, além das deputadas estaduais e das servidoras Patrícia Telles e Elisa Pelegini.


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