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Notícias

07/06/2018 10:30

Aumenta número de mortes de mulheres no país

O assassinato de mulheres no país aumentou 6,4% em dez anos, de 2006 a 2016, segundo o Atlas da Violência 2018, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, na terça-feira (05). Em 2016, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, o que representa uma taxa de 4,5 homicídios por cada 100 mil brasileiras.

O Atlas da Violência 2018 não fornece informação sobre feminicídio, mas o documento destaca que quando uma mulher se torna vítima fatal muitas vezes já foi vítima de outras formas de violência de gênero, como a violência psicológica, patrimonial, física ou sexual. O Atlas cita estudo da pesquisadora Jackeline Ferreira Romio, que elaborou uma metodologia, ainda não consensual entre os estudiosos, para contabilizar o feminicídio em três categorias: reprodutivo, doméstico e sexual. A demógrafa considera o feminicídio um fenômeno epidemiológico e aponta que o maior número de morte de mulheres ocorre no ambiente doméstico e em idade reprodutiva.

#HistóriasInterrompidas

Para a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia a Lei Maria da Penha e as políticas públicas representaram um avanço no enfrentamento à violência contra as mulheres, mas ainda não são suficientes. É importante ampliar e aprimorar a rede de atenção à mulher em situação de violência e combater, insistentemente, a cultura machista. A SPM-BA entende que o feminicídio é a face cruel do machismo, exigindo uma ação conjunta de governos e da sociedade para transformar a cultura de violência e de desigualdade entre os gêneros a fim de promover mais equidade entre homens e mulheres.

A SPM-BA defende dar, cada vez mais, visibilidade aos crimes. Desde agosto do ano passado, a secretaria divulga os assassinatos de mulheres nas redes sociais por meio da campanha #HistóriasInterrompidas, que resgata a história real de mulheres assassinadas por companheiros ou ex-companheiros. O objetivo é chamar a atenção para essas mortes, que não podem ser naturalizadas.

Embora não estejam entre as unidades da federação com as maiores taxas, quando se considera a década, Rio Grande do Norte e Maranhão tiveram os maiores aumentos, da ordem de 130%. Na Bahia, a taxa de homicídio de mulheres variou 70,3% entre os anos de 2006 e 2016. Nesse ano, a taxa foi de 5,7% por 100 mil habitantes. Segundo o Atlas, 441 mulheres foram assassinadas no estado. Pernambuco tem a taxa mais alta do Nordeste: 5,8% por 100 mil habitantes. Em todo o país, o estado de Roraima apresentou a taxa mais elevada: 10% por 100 mil habitantes.
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