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Notícias

09/05/2019 11:30

Assembleia de Mulheres Indígenas reúne representantes de 23 etnias

Representantes de 23 etnias participaram, na noite de ontem, da Assembleia de Mulheres Indígenas da Bahia, em acampamento montado no Centro Administrativo (CAB). Promovida pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), a assembleia fez parte das atividades do 3º Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia – ATL 2019, que acontece até amanhã. O objetivo é dar visibilidade às pautas em defesa dos direitos dos povos originários das 163 comunidades indígenas do estado.

A assembleia foi aberta com o ritual do toré, com índios e índias dançando em círculo. Em seguida, indígenas que estão na linha de frente do movimento de mulheres na Bahia expuseram os desafios que enfrentam na luta pela igualdade de gênero nas diversas etnias. As mulheres indígenas querem ter vez e voz, disse Kandara Pataxó, militante e ativista da causa indígena ao criticar a ausência das mulheres na mesa de abertura do 3º Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia – ATL 2019. “Uma mesa machista com apenas duas mulheres e vários homens. Nós mulheres queremos ter vez e voz”.

Pelo menos sete cacicas participaram da assembleia de mulheres e destacaram a necessidade de uma educação não sexista, além da garantia de demarcação do território indígena e de políticas públicas que respeitem as especificidades de cada povo. As cacicas destacaram a necessidade de valorização da mulher indígena e do combate à violação de direitos. “Mulheres não se calem, não se acomodem, reajam”, disse Maira Tuxá, que destacou o pioneirismo da sua etnia na promoção da educação indígena no país.

A secretária de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Julieta Palmeira, ouviu atentamente as explanações e destacou a importância da união entre governo e comunidades para a garantia dos direitos das mulheres indígenas e enfrentamento à violência doméstica nas aldeias.  “Nós sabemos do grande número de casos, inclusive de estupro. Essa violência precisa e deve ser denunciada”, disse a secretária ao lembrar do primeiro Centro de Referência no Atendimento à Mulher (CRAM) do país, dedicado ao atendimento preferencial de mulheres indígenas, inaugurado em Santa Cruz Cabrália.

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