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Notícias

18/06/2019 11:00

Campanha com foco na masculinidade tóxica estimula debate nas redes sociais

O Governo da Bahia lançou uma campanha com foco na masculinidade tóxica que tem gerado debates nas redes sociais. A campanha faz parte da ação Respeita as Mina de enfrentamento à violência contra as mulheres, que tem como objetivo sensibilizar a população para o combate à cultura machista e marca também os oito anos da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA).

“Antes do tiro, o tapa. Antes do tapa, o grito. Antes do grito, o controle. Antes do controle, o machismo. Antes do machismo, a masculinidade tóxica”, pontua o texto do vídeo e dos outdoors espalhados na cidade, além de peças para as redes digitais. Já foram mais de 160 mil visualizações nas redes sociais da SPM-BA e do Governo da Bahia. Desde o lançamento da campanha, o termo “masculinidade tóxica’ é um dos mais pesquisados no google.

Reconhecida pela Associação Americana de Psicologia, a masculinidade tóxica é definida por especialistas como uma ideia de masculinidade, construída socialmente, que considera a força, a agressividade, como virtudes do homem, enquanto as emoções e sentimentos são considerados fraquezas típicas das mulheres.

Quem nunca ouviu expressões como: “homem não chora”; “homem que é homem não leva desaforo pra casa”. São frases representativas de um padrão de masculinidade que estimula comportamentos agressivos. A masculinidade tóxica faz mal não apenas às mulheres, mas aos homens que por vezes sofrem ao se perceber fora do padrão estabelecido como o ideal.

Masculinidade Nova

O propósito da campanha é estimular o debate e contribuir para que os homens se permitam viver uma nova masculinidade. Quem acessar o site  www.masculidadenova.com.br vai encontrar artigos, informações de utilidade pública e depoimentos em vídeos sobre o tema. Um dos vídeos de maior sucesso é do cartunista Nildão que dá um depoimento sobre a masculinidade tóxica e suas implicações para a vida de homens e mulheres.

Sensibilização

Apesar dos avanços na área legislativa com a aplicação de leis como a Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, ações de sensibilização e conscientização são consideradas fundamentais para promover uma mudança de comportamento e consequentemente contribuir para a redução dos índices de violência.

No primeiro quadrimestre de 2019 houve redução de todos os tipos de violência contra as mulheres na Bahia em relação ao ano anterior. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), a redução no número de ameaças contra as mulheres foi de 21,3%, e de 18,8% em tentativas de homicídio. A exceção foi o número de feminicídios que passou de 17, no primeiro quadrimestre de 2018, para 23 no mesmo período de 2019.

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