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04/05/2020 15:10

Mulheres estão mais isoladas e mais preocupadas com o coronavírus, segundo o Datafolha

As mulheres estão mais isoladas e demonstram maior preocupação com a crise do coronavírus, revela pesquisa Datafolha.

O levantamento foi feito nesta segunda-feira (27) por telefone, para evitar contato pessoal, com 1.503 brasileiros adultos com celular em todos os estados do país. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Mulheres estão mais isoladas

Entre as entrevistadas, 60% dizem que só estão saindo de casa só quando é inevitável, e 20%, que não saem de jeito nenhum. Entre eles, a proporção é de 46% e 13%, respectivamente.

Também é maior entre as mulheres a parcela dos que acham que o brasileiro está menos preocupado do que deveria com a pandemia. Manifestam essa percepção 61% das entrevistadas contra 51% dos homens.

Mulheres avaliam que brasileiros deveriam estar mais preocupados com pandemia de coronavírus.

 

Não por acaso, elas sobressaem novamente na defesa da saúde em detrimento da economia no atual momento, embora essa posição seja majoritária em todos os estratos de gênero, idade e escolaridade.

 

Para 71% das mulheres, o mais importante agora é manter as pessoas em casa para impedir que o coronavírus se espalhe, mesmo que isso prejudique a economia e cause desemprego. Entre os homens, a proporção é de 63%.

Estudos recentes indicam que a crise do coronavírus tem impactado de forma diferente homens e mulheres e podem ampliar a desigualdade de gênero.

Nos Estados Unidos, pesquisa da Kaiser Family Foundation mostrou que, no meio de março, quando a pandemia ainda não havia chegado no seu pico em diversos países do mundo, 36% delas reportavam impacto em sua saúde mental ante 27% dos homens.

Novo levantamento feito duas semanas depois mostrou que a diferença mais do que dobrou: 53% delas afirmaram que tiveram o emocional abalado de alguma forma no fim de março, enquanto 37% dos homens tiveram a mesma percepção.

Analistas avaliam que contribui para isso a divisão desigual de atividades domésticas e a supressão da rede de apoio para o cuidado das crianças, com o fechamento de escolas e o afastamento dos avós.

No Brasil, outro estudo prevê que a crise do coronavírus deverá acentuar as desigualdades no mercado de trabalho entre homens e mulheres e entre brancos e negros.

Isso porque a crise pegou os dois grupos com vínculos de emprego mais instáveis ou em atividades econômicas mais afetadas pelo avanço da Covid-19.

 

Fonte: Folha de São Paulo

 

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