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27/07/2021 17:50

Fala Menina debate racismo e feminismo nas redes com as influenciadoras Fatou Ndiaye e Ashley Malia

Com o tema As Mina nas Redes: Vozes contra o machismo e o racismo, o Fala Menina encerrou as atividades do Julho Respeita as Pretas, iniciativa da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA) em homenagem a mulher negra latino-americana e caribenha. O bate-papo virtual contou com a participação da estudante carioca Fatou Ndiyae e da jornalista e escritora baiana Ashley Malia, com mediação da produtora cultura e poeta Adriele do Carmo.

Realizado por meio de parceria entre a SPM-BA e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), com apoio da Secretaria da Educação (SEC), o Fala Menina debateu sobre a importância em utilizar a internet como ferramenta de combate ao racismo, machismo e fortalecimento do feminismo entre meninas e mulheres.

Sobre a ocupação e visibilidade nas redes sociais após sofrer um caso de racismo, Fatou afirmou que gostaria de utilizar a mídia para falar sobre questões raciais com uma perspectiva africana, pois é filha de senegaleses. “Eu sentia falta de ver uma adolescente debatendo esse tema. Utilizar da internet foi muito importante para mim, pois vi a ampliação das discussões de gênero e raça sendo ampliadas sem depender de um veículo de mídia. Hoje, vemos uma grande pluralidade dos temas abordados.”

Ashley Maila declarou que começou a produzir conteúdo de uma forma muito natural, há cerca de oito anos. “Hoje, vejo a produção como uma troca: quando ofereço algo, meu público interage e acaba compartilhando suas vivências também. Eu acho que o mais importante é discutir sobre a quantidade de pessoas negras que não têm acesso a internet e esse espaço precisa ser  democratizado.”

Feminismo

Fatou declarou que, como mulher africana, tentou se encontrar no feminismo e não conseguiu. “O feminismo branco e ocidental, ele não funcionaria no continente africano porque não dialoga com nossas estruturas sociais. Vendo isso, me encontrei muito mais no movimento de mulherismo africana.”

Já Ashley afirmou que a equidade de gênero é importante e urgente para o mundo. “O Brasil precisa assumir esse compromisso com as mulheres, principalmente as negras. Precisamos de políticas públicas que garantam que as mulheres estejam protegidas.”

Ataques virtuais

Sobre os ataques virtuais e a violência nas redes, Ashley disse que é preciso haver a separação entre hate e criminoso: racismo, machismo e misoginia são crimes. Já no caso dos haters, todos que produzem conteúdo negro têm essas pessoas no seu cotidiano”.

Fatou declarou que, sendo uma mulher negra e estando exposta, ataque raciais acontecem. “Encontrei um mecanismo muito bom pra lidar com isso,  tenho espaços que abro para opinião dos seguidores. Eu não bloqueio ninguém, só os ataques racistas.  Sou muito segura comigo e minhas opiniões.”

Durante o bate-papo virtual, transmitido pelas redes da SPM-BA, a titular da pasta, Julieta Palmeira, reafirmou a importância em discutir temas tão fundamentais para as meninas e as mulheres negras, como o enfrentamento ao racismo estrutural e o machismo.  “Cada vez mais é necessário pautar e incluir a sociedade na proteção às mulheres negras e suas causas.”

Para Fabya Reis, secretaria da Sepromi, é uma honra configurar a parceria com a SPM-BA, que promove ações institucionais e transversais durante todo o ano. “Nesse momento em que celebramos a mulher negra latino-americana e caribenha, é importante a construção de uma agenda institucionalizada para que possamos falar do enfrentamento ao racismo e ao machismo.” O Fala Menina contou, ainda com a participação da assessora da Secretaria de Educação, Jéssica Araújo.

ASCOM SPM-BA

 

 

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