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29/06/2022 11:30

No primeiro semestre do ano, Brasil registrou 135 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+

De janeiro a junho deste ano, o Brasil registrou 135 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+. Devido à subnotificação dos óbitos, os casos reduziram 20% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registrados 168 casos. O levantamento foi realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e divulgado previamente para o dia Dia do Orgulho LGBTQIA+, celebrado nesta terça-feira (28).

O dossiê é um levantamento preliminar, baseado na coleta de notícias encontradas em jornais e portais eletrônicos, devido às lacunas de estatísticas oficiais sobre esses crimes.

Segundo a pesquisa, foram registrados 63 homicídios contra gays e 58 contra mulheres trans ou travestis. Vítimas bissexuais somam três óbitos, lésbicas contabilizam duas mortes e homens trans uma. Oito vítimas não tiveram a orientação sexual e gênero divulgados. Do total de casos, apenas 32% foram elucidados pela polícia.


Com dados escassos, estupros de LGBT+ aumentam 88% em um ano

Os registros de estupro de pessoas LGBTQIA+ aumentaram 88,4% entre 2020 e 2021, mostram dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta terça (28). Em números absolutos, os estupros saltaram de 95 para 179 no período. A sigla se refere à lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e outras orientações ou identidades.

Outros dois crimes tiveram alta nas estatísticas. A lesão corporal dolosa (intencional) cresceu 35%, de 1.271 para 1.719. A notificação de assassinatos de LGBTQIA+ aumentou 7%, passando de 167 para 179.

Quando considerados os números absolutos de casos registrados, em 2021 houve 448 agressões, 84 estupros e 12 homicídios a mais do que em 2020.

Dennis Pacheco, pesquisador do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), ressalta que apesar de haver um aumento de registros, não é possível afirmar que houve aumento no número de casos. A alta das notificações pode significar, por exemplo, maior confiança para fazer a denúncia, trazendo à tona violências que antes não chegavam às autoridades.

 

Fonte: Agência Patrícia Galvão, O Globo e Folha de São Paulo

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