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28/03/2017 17:40

Caravana Cravos e Rosas na Paz movimenta Simões Filho

A Caravana Cravos e Rosas na Paz – Unidos pelo fim da violência contra as mulheres movimentou, nesta terça-feira (28), a cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. A caravana foi aberta com as oficinas de capacitação e rodas de diálogo, coordenadas por assessores técnicos da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-BA). As oficinas reuniram, na sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social da Mulher e da Cidadania, cerca de 200 estudantes do ensino fundamental e médio, além de representantes da rede de segurança, gestores e sociedade civil. A Caravana faz parte da campanha “Respeita as mina”, lançada pelo governo da Bahia no Carnaval, por meio da SPM-BA, com o objetivo de sensibilizar a população para o combate à violência contra as mulheres e promover o fortalecimento da rede de atenção à mulher em situação de violência.

A coordenadora de Ações Temáticas da SPM-BA, Juci Peruna, representou a secretária de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira. A coordenadora da CAT ressaltou a importância da parceria entre municípios e governo do estado na promoção das ações que contribuam para a redução dos índices de violência contra as mulheres. “Nós precisamos nos irmanar. A gente tem repetido insistentemente: ‘respeita as mina’. Assim deve ser a criação, a orientação dos jovens de nossa sociedade para que cresçam sabendo que quando a mulher diz sim, tudo bem e quando a mulher diz não, tudo bem também. O não precisa ser respeitado”. Os jovens tiveram uma participação ativa na caravana durante uma roda de diálogo coordenada pela presidente do Conselho Estadual da Juventude, Natália Gonçalves.

RESULTADOS

A passagem da Caravana pelo município de Simões Filho deixou resultados concretos, a exemplo da criação do Comitê Municipal de Homens para atuar no enfrentamento à violência contra as mulheres. Outra ação anunciada foi o engajamento de secretarias municipais como a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude e a Secretaria de Cultura, na campanha de combate à violência. “Simões Filho ocupa a 28ª posição em índice de feminicídio no país e a 6ª entre os municípios baianos, um motivo de preocupação pra todos nós”, disse a secretária municipal de Desenvolvimento Social da Mulher e da Cidadania, Tatiane Barbosa, que destacou a importância da realização da caravana na cidade. “A caravana trouxe essa reflexão para Simões Filho. O tema interessa a todos, independentemente de partido, religião, etnia. A violência contra as mulheres mexe com todos nós e nós precisamos nos posicionar”, acrescentou.

Entusiasmado com o sucesso da caravana ao visitar as oficinas de capacitação, o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino, prometeu criar a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres. A administração municipal prometeu entregar à população, também, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), em março do próximo ano. “Precisamos estimular uma cultura de paz. Somos uma boa terra e uma boa gente”, declarou. Após as oficinas, o grupo de teatro “Rosas pela democracia” provocou risos ao fazer uma apresentação bem humorada, interagindo com o público e alertando para o combate às brincadeiras e discursos aparentemente inofensivos, mas que trazem forte cunho machista. “Elas são muito engraçadas e ao mesmo tempo passam uma mensagem forte”, disse o vice-prefeito e secretário Municipal de Cultura, Sid Serra ao se referir às atrizes do grupo.

A caravana foi encerrada com um ato, que reuniu a Promotoria de Justiça, representantes das Policias Militar e Civil, secretários municipais, vereadores e outras autoridades, além da coordenação de Políticas Públicas para as Mulheres. A “Cravos e Rosas” prioriza os municípios com as maiores taxas de violência contra as mulheres. Só este mês, a Caravana passou por Mata de São João, Lauro de Freitas e agora Simões Filho. Outras 11 cidades serão visitadas ainda na primeira etapa do projeto, que prevê a participação de 30 municípios no total. O projeto é uma ação itinerante realizada em parceira com o Instituto Avon e conta com o apoio da ONU Mulheres e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher da Bahia (CDDM).


Ascom/SPM-BA
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