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17/04/2017 14:20

Violência contra as mulheres negras é tema de audiência pública na ALBA

“As Faces da Violência Contra as Mulheres Negras” é o tema da audiência pública que acontecerá na próxima terça-feira (18/4), na sala das comissões José Amando da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), às 9h30. O evento é organizado pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), o Odara – Instituto da Mulher Negra, em parceria com a Comissão Especial da Promoção da Igualdade da ALBA.

A audiência é uma ação do projeto Dijó – Mulheres Negras Contra a Violência, articulado pela AMNB em três estados: Minas Gerais, Porto Alegre e Bahia. A ação tem como objetivo acompanhar, denunciar e construir estratégias de enfrentamento a violência doméstica que atinge preferencialmente as mulheres negras no Brasil.

De acordo com o "Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil", realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FlACSO), o assassinato de mulheres negras aumentou 54% nos últimos 10 anos, de 1.864 (2003) para 2.875 (2013). Neste mesmo período o número de homicídios que vitimou mulheres brancas reduziu 10%, de 1.747 para 1.576.

O Brasil ocupa a incômoda 5ª posição em ranking global de homicídios de mulheres, entre 83 países elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2013, a taxa de mortes por assassinato de mulheres no Brasil, para cada 100 mil habitantes, foi de 4,8 casos. A média mundial foi de dois casos. Foram 4.762 mulheres mortas violentamente no país naquele ano: 13 vítimas fatais por dia.

Na Bahia, a situação também é preocupante. A violência doméstica tem sido responsável por 9,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres existentes. Com isso o estado aparece como o segundo mais violento do Brasil, atrás apenas do Espírito Santo, que possui média de 11,24 para cada 100 mil mulheres.

A média de assassinatos na Bahia é também superior à registrada na região Nordeste, que é de 6,9 mortes para cada 100 mil mulheres. O terceiro lugar é ocupado pelo estado de Alagoas (8,84). O quadro é ainda mais alarmante em relação às mulheres negras. Na ocasião, estarão presentes representantes dos movimentos de mulheres negras, especialistas e pesquisadores (as) e parlamentares.

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