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Notícias

08/11/2017 15:00

Longa de cineasta baiana será exibido no Panorama Internacional de Cinema

Imagine uma Kombi lotada de músicos brasileiros e franceses saindo da Bahia e cruzando a América do Sul, até chegar à Patagônia argentina. Parece ficção? Agora imagine que esse grupo sobreviveu apenas de música durante todo o trajeto. Parece mentira, mas aconteceu de verdade. Esse é o tema do documentário "Del Sur Pa'l Norte - Kombiphonie" (Do Sul ao Norte), filmado em diversas cidades e paisagens de estradas entre Brasil e Argentina. O longa foi finalizado neste semestre pela artista soteropolitana Isbela Faria, 25 anos, e é resultado da parceria com o grupo franco-brasileiro Čao Laru, uma mini-orquestra acústica.

O filme será exibido no sábado (11), às 21h, no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha, com ingressos no valor de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Após a sessão, acontecerá uma conversa com a cineasta. Já na segunda-feira (13), a película será exibida na Sala Walter da Silveira. A exibição faz parte das ações do Panorama Internacional de Cinema, que acontece de 08 a 15 de novembro, no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha e Sala Walter da Silveira, em Salvador, e no Cine Theatro Cachoeirano, em Cachoeira. A iniciativa conta com apoio do Governo do Estado.

A cineasta foi convidada para a turnê para ajudar na produção e divulgação, além de cantar e tocar junto com o grupo. Depois de ter produzido shows deles em Salvador, a ideia de fazer o filme surgiu na própria Kombi, enquanto todos ainda estavam na Bahia. “Eu me animei com a possibilidade de fazer um filme. Achei que uma Kombi lotada cruzando a América Latina através da música seria uma boa história a se contar - se a gente conseguisse chegar lá, é claro”, declara a diretora.

O documentário é uma reflexão sobre a produção musical independente, e acompanha o trajeto da turnê em cada etapa da viagem, incluindo a dinâmica de ensaios e surgimento de novas canções, o contato com as pessoas de cada local, o intercâmbio com estilos musicais sul-americanos e as soluções encontradas pelo grupo para viabilizar financeiramente a jornada. Durante o filme, o espectador poderá ver o grupo passar pelas mais diversas situações. “A gente passou por momentos de aperto, tocou nas ruas para conseguir comprar comida e gasolina, mas também teve momentos de estar tranquilos financeiramente e tocar, por exemplo, no teatro mais antigo das Américas", diz a diretora.

O longa metragem foi realizado com apenas uma câmera, um microfone, e um computador para editar. Para conseguir viabilizá-lo, a realizadora baiana assinou todas funções técnicas e artísticas, como direção de fotografia, operação de câmera, captação de som, roteiro e edição. A edição do filme se deu entre Belo Horizonte e São Paulo, enquanto ainda estava com o grupo no final da turnê de volta ao Brasil.

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