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Notícias

10/04/2019 16:00

CRAM de Santa Cruz Cabrália atende 70 mulheres em três meses

Em três meses de funcionamento, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) de Santa Cruz Cabrália já atendeu 70 mulheres no município. Atualmente 27 são assistidas pela instituição, entre elas dez são indígenas. A coordenadora do CRAM, Kandara Pataxó, visitou a sede da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-BA) para apresentar um relatório dos primeiros meses de atendimento.

A maioria das mulheres buscou o CRAM espontaneamente e relatou situações de violência física e psicológica. “Nós inauguramos numa sexta e na segunda quando chegamos para trabalhar já tinha duas mulheres na porta”, disse a coordenadora.

Kandara Pataxó destacou como surpreendente o comportamento de mulheres indígenas que já buscam diretamente o serviço. “É uma quebra de tabu dentro da cultura indígena. Em vez de procurar o cacique, as mulheres agora têm buscado o CRAM. Ouvi relato de uma indígena de que a família que ela tem é o CRAM”.

Estrutura

O CRAM de Cabrália é o primeiro do país voltado para o atendimento, preferencial, de mulheres indígenas. Entretanto as atividades e serviços oferecidos são abertos a todas as mulheres do município. Todas as terças-feiras, às 14 horas, são realizadas rodas de diálogo, sempre com a participação de especialistas convidadas (os) para tratar de questões como violência de gênero, os ciclos dessa violência, a rede de atendimento às mulheres em situação de violência, entre outras temáticas.

Inicialmente, as rodas de diálogo eram voltadas para grupos específicos: mulheres indígenas, evangélicas, quilombolas. Atualmente os grupos são abertos para estimular o debate, a troca de experiências e o relato de vivências comuns a todas que buscam atendimento. “Que bom que temos hoje essa ferramenta para poder ajudar a essas mulheres”, disse Kandara.

O CRAM de Santa Cruz Cabrália, inaugurado pela titular da SPM-BA, Julieta Palmeira, em dezembro passado, funciona com uma equipe multidisciplinar, mantida pela Prefeitura Municipal. A SPM-BA forneceu os equipamentos, um carro e formação em gênero para os profissionais e a prefeitura local contribuiu com a cessão do imóvel e paga os salários dos servidores. A equipe é formada por advogada, psicóloga, educadora social, assistente social, motorista e a coordenação.

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