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19/07/2019 16:30
Caravana Respeita as Mina – Litoral Sul tem ampla participação da sociedade em Una
Estudantes, moradoras (es), agentes públicos e representantes de diversos setores do município de Una lotaram a quadra Colégio Estadual Menandro Minahim, no centro da cidade, para acompanhar a cerimônia de abertura da Caravana Respeita As Mina – Litoral Sul. Promovido pela Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM), o evento aconteceu na quinta-feira (18).
Após a cerimônia de abertura, as técnicas do projeto realizaram oficinas de combate à violência contra as mulheres para a rede de assistência social, juventude e sociedade civil, com temas como igualdade de gênero e empoderamento feminino.
Kaliana Fontes, coordenadora do Projeto Respeita as Mina Litoral Sul, representou a titular da SPM, Julieta Palmeira, agradeceu a participação de todos os envolvidos na articulação e realização do evento, além de destacar a marcante presença da juventude. “Trabalhamos com ações socioeducativas para combater a violência, sensibilizando a juventude e a sociedade civil. Enquanto rede, trabalhamos de forma intersetorial para enfrentar esse problema que é a violência contra a mulher”, concluiu.
Prefeito de Una, Tiago Birschner relatou que 88 casos de violência contra a mulher foram registrados na delegacia neste ano, mas apenas dois são acompanhados pelo CREAS, “não pela falta do serviço, mas pela falta da procura do serviço”. “Em determinado momento, a violência contra a mulher acontece, elas até procuram a rede para providências e em um curto espaço de tempo somem”, confidenciou. O prefeito ainda ressaltou o papel das políticas públicas no enfrentamento à violência contra a mulher e as atividades do Respeita as Mina – Litoral Sul.
A secretária de Desenvolvimento Social, Jaqueline Barone, disse que o objetivo maior da rede assistencial é resgatar e acolher mulheres vítimas de violência, e que a Caravana Respeita as Mina tem um papel importante nesse contexto. “A caravana é muito importante, pois a gente mostra que a mulher será acolhida, apoiada, terá a quem recorrer”.
Convidado para o evento, o juiz da Comarca de Uma, Felipe Remonato, evidenciou a preocupação do poder judiciário e todo o grupo que trabalha com a rede de enfrentamento à violência contra a mulher. “É difícil, é uma questão cultural, que precisa ser enfrentada e ultrapassada. Muitas denúncias não chegam ao poder judiciário e à polícia, ficam nos lares. Eventos como esse que reforçam a ideia da denúncia são essenciais para que mude essa cultura”, enfatizou.
O aluno Luan Gomes, destacou seu aprendizado com a oficina da juventude. “É muito importante ter essa conscientização na escola para a população e a sociedade respeitar as mulheres, porque lugar de mulher é onde ela quiser, é um direito dela”, argumentou.
